terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"A Menina do Mar" O reencontro

"Depois de nadarem sessenta dias e sessenta noites chegaram a uma ilha rodeada de corais. O golfinho deu a volta à ilha e por fim parou em frente duma gruta e disse:
- É aqui: entra na gruta e encontrarás a Menina do Mar.
- Adeus, adeus, golfinho. Obrigado, obrigado. 
A gruta era toda de coral e o seu chão era um jardim de anémonas azuis. 
O rapaz entrou na gruta e espreitou. A Menina, o polvo, o caranguejo e o peixe estavam a brincar com conchinhas. Estavam quietos, tristes e calados. De vez em quando a Menina suspirava. 
- Estou aqui! Cheguei! sou eu! - gritou o rapaz. 
Todos se voltaram para ele. Houve um momento de grande confusão. Todos se abraçaram, todos riam, todos gritavam. A Menina do Mar dançava, batia palmas e ria com gargalhadas claras como a água. O polvo fazia o pino. O caranguejo dava cambalhotas e o peixe dava saltos mortais. Depois de todas estas habilidades ficaram um pouco mais calmos. 
Então a Menina do Mar sentou-se no ombro do rapaz e disse:
- Estou tão feliz, tão feliz, tão feliz! Pensei que nunca mais te ia ver. Sem ti o mar, apesar de todas as suas anémonas, parecia triste e vazio. (…)"
Sophia de Mello Breyner Andersen
in A Menina do Mar

A amizade é muito importante para o rapazinho e para a Menina do Mar. Explica-nos o que é para ti a amizade.