Gente Ansiosa, de Fredrik Backman, é um romance tragicómico que gira à volta de um assalto a um banco fracassado que resulta numa insólita situação de reféns durante a visita a um apartamento que está à venda, na véspera de Ano Novo. O grupo de reféns é formado por pessoas completamente diferentes: um casal de reformados que tenta reformar casas (e talvez o próprio casamento), um casal de lésbicas prestes a ter o primeiro filho, uma idosa destemida, uma agente imobiliária nervosa, um homem misterioso trancado na casa de banho e uma analista bancária marcada pela culpa de uma tragédia do passado.
À medida que a polícia (um duo de pai e filho) tenta resolver o caso, os reféns revelam segredos, mágoas e ansiedades profundas. Cada personagem carrega as suas próprias dores e busca, de alguma forma, um resgate, não apenas físico, mas emocional. O livro alterna entre momentos de humor, ternura e reflexão, abordando temas como culpa, perdão, esperança e as dificuldades de ser adulto, mostrando que todos, à sua maneira, são “gente ansiosa”.
No final, percebemos que o verdadeiro enredo de "Gente Ansiosa" não é um crime, mas as conexões humanas, a empatia e a busca de um sentido, no meio do caos da vida moderna.
Como leitora, este livro deixou-me com um sentimento de calorosa esperança na humanidade.